Moisés: “Malandro di tutti Malandro”

“A cada dia, o time do Bungu enche mais de velhos malandros do futebol brasileiro” O Bangu era o reino da malandragem – era a manchete de um jornal popular nos anos 1980.

O maior dos malandros era o Moisés “paulada”. Zagueiro conhecido por sua virilidade, Moisés era temido pelos atacantes, sobretudo por acreditar que, a bola poderia passar por ele, já o adversário, não. ríspido que precisava sempre manter a cara feia para assustar seus adversários, e que não se furtava a usar da força física para pará-los. Aliás, esta imagem fez com que passasse também a ser chamado de “Xerife”.

Fora do campo era outra pessoa. , um grande “boa praça”, que também costumava passar seu tempo livre praticando a pesca submarina.

Atuava como braço direito do “Capo di tutti capi”, Castor de Andrade. Juntos deram alma ao alvirubro do subúrbio carioca.
Outra paixão do “Xerife”, também era conhecio assim, era a folia momesca. Podemos afirmar que deixou um legado ao carnaval carioca com seu bloco das piranhas. Sim, piranhas. O belo machão suburbano, não se fazia de rogado ao se vestir de mulher e desfilar com humor e desfaçatez , sempre no sábado, abrindo os festejos em Madureira.
O bloco das piranhas foi organizado do início dos anos 70 e desfilou até meados dos anos 90. O desfile contava com a participação de vários jogadores, como Brito, Alcir Portela, Joel Santana e Vanderlei Luxemburgo. Luisinho das arábias, Renê, Ademir, Alcino, Carlos Roberto, Fernando, Tobias, Júlio e Ronaldo
Jogadores de um esporte considerado, quase um indicador de masculinidade, deixavam a heteronormatividade de lado e exercitavam uma das clássicas inversões carnavalescas: Homem travestido de mulher.
Na foto desse post o folião Moisés se esbalda no Baile do Champanhe, realizado no clube Monte Líbano, em 1986.
Moisés morreu, de câncer no pulmão , aos 59 anos, em 2008.

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