Cosme e Damião, santos gêmeos, nasceram na Arábia e seus nomes de batismo eram Acta e Passio. Médicos, tratavam os enfermos sem cobrar e curavam através de suas orações, pela fé incrível que praticavam. Por exercerem o cristianismo, foram presos, levados a tribunal e acusados de se entregarem à prática de feitiçaria e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que realizavam. Em 303, o Imperador Diocleciano decretou que fossem condenados à morte .
Na umbanda um terceiro personagem transforma a dupla de gêmeos em trio: Dom Um. Foi o que não nasceu, morreu. aquele que não veio. Um espírito protetor , um erê. Dom Um serve de consolo quando uma criança morre.
No ano de 2017 a Mangueira fantasiou suas baianas com saquinhos de Cosme e Damião.Um dos momentos mais belos do sensacional desfile da verde e rosa.
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Muitos Carnavais
Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.
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