O túmulo do samba não queira mais ser o túmulo do samba! E então, organizaram um grande baile no Teatro Municipal.A revista Manchete(2/3/1968) publicou:`mais de duas mil pessoas pularam e brincaram animadamente até as cinco da manhã.O grande salão formado pelo palco e pela plateia foi pequeno para o número de foliões, cujos movimentos eram embelezados por um original sistema de iluminação. Ao mesmo tempo, a pintura fosforecente, utilizada na decoração, e grandes bolas de plástico aumentavam ainda mais o efeito das luzes.O governador Abreu Sodré e o prefeito Faria Lima estiveram presentes, entrosando sua alegria com a animação geral`..Dentre os foliões, Caetano Veloso.Belo como nunca entoava a pleno pulmões:…A gente se embala /Se embora se embola/Só pára na porta da igreja/A gente se olha/Se beija se molha/De chuva, suor e cerveja…

Chuva, suor e cerveja em Sampa
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Muitos Carnavais
Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval. Ver todos os posts de Muitos Carnavais