O bloco foi criado no bairro de Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro.Fundado em 20 de janeiro de 1961,é ainda hoje um dos principais blocos da cidade.A foto foi publicada na revista Manchete (21/2/1970) momento áureo dos defiles dessas agremiações.Passam a constituir a face mais visível, democrática e espontânea do carnaval. Os blocos de embalo nao se submetiam a julgamentos ou a competição, brincavam o carnaval pelo gosto de brincar. Nos anos 60 e 70 o Bafo da Onça e o Cacique reuniam em torno de 4500/5000 figurantes cada um.Brilhavam também os Boêmios de Irajá, o Razão de Viver, o Fala meu louro,os Beijoqueiros da Tijuca,Vai quem quer, Filhos de Gandhi,Alegria é mato e os Seresteiros da Tijuca .

Cacique de Ramos
Publicado por
Muitos Carnavais
Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval. Ver todos os posts de Muitos Carnavais