Somos uma República com uma eterna saudade da monarquia.Elegemos reis e rainhas o tempo todo.O carnaval sempre contou uma corte momesca para conduzir os festejos.No ano de 1970, a revista Manchete apresentou os dirigentes coroados da folia: da esquerda para direita,estão:O Cidadão Recreativista, figura antiga do carnaval carioca e, aparentemente,autonomeado para este cargo vitalício; o Rei do Carnaval, título que parace ter sido criado pelo próprio Rei Momo e que tem igualmente, o caráter vitalício; A Rainha do Carnaval eleita em 1969 pela Associação de Cronistas Carnavalescos, o Rei Momo, o mais famoso de todos e o cidadão do Samba escolhido todos os anos pela Associação de Cronistas Carnavalescos. A função dessa corte momesca é abrir as cerimônias oficiais do carnaval. Onde vai um, vão todos, chova ou faça sol.

A corte real do carnaval
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Muitos Carnavais
Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval. Ver todos os posts de Muitos Carnavais