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Eneida e o Baile do Pierrô – Sonhos de Carnavais

Eneida e o Baile do Pierrô

Em 1958, na casa noturna Au Bon Gourmet, em Copacabana,aconteceu a primeira edição do baile do Pierrô. Eneida, Waldemar Cavalcanti, José Condé, Darwin Brandão, Carlos Ribeiro, Léa Souza e Silva, Thiago de Mello resolveram que era preciso trazer, para os salões do Rio de Janeiro, uma evocação dos carnavais da belle époque, com aqueles toques poéticos que fizeram história.O pierrô foi importado da França e aqui conservou aquele ar triste: sua fantasia simples e a cara mascarada de branco, os olhos pintados e bastante amargura na alma.A sua melancolia se exterioriza quando encarna o apaixonado, o incompreendido, saudoso da colombina que foi embora, deixando saudades imensas.
Um baile organizado nos melhores moldes, um exemplo de ordem a ser imitado, muita bebida e bastante lança-perfume sem nenhuma arruaça para tirar o brilho da festa: assim foi o baile do pierrô. A lotação do restaurante é de cento e oitenta pessoas. Entretanto, duzentos e cinquenta pessoas festejaram até o dia amanhacer animadas por doses generosas do mais autêntico escocês e alimentadas por uma ceia bem servida e ao som de uma orquestra incansável. Enumerar todos os intelectuais e artistas que reviveram os pierrôs, as colombinas e os arlequins seria impossível.Mas vale lembrar que Eneida estava exuberante na sua festa…Texto adaptado (original Flávio Damm) e publicado na Revista O Cruzeiro.O último baile do Pierrô aconteceu na boate Sucata, em 1968.Na foto, a jornalista Eneida de Morais, autora do livro: História do carnaval carioca.

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Muitos Carnavais

Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.