Essa foto foi extraída de um editorial de moda da revista, O Cruzeiro,28 de fevereiro 1973, entitulada:Elke no espírito do carnaval.Na verdade ela era O espírito do carnaval.Se o carnaval tem almas que o animam, ela era uma espécie de alma viva dessa festa. Uma russa que passou viver em tempo integral a face mais liberal que a nossa maior manifestação cultural sugere.Vestiu a fantasia e nunca mais a tirou. Uma loucura consentida por todos, na verdade nem ao menos causava estranhamento,somente encantamento. Fazia parte, tinha tuda a ver com a nossa maneira de ser.Se era eslava ou brasileira,loira ou mulata? nao importava.Virou alma de vez, volatizou…

Elke Maravilha – O espírito do carnaval
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Muitos Carnavais
Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval. Ver todos os posts de Muitos Carnavais