Foi menos uma cerimônia e “mais uma festa”? Saiu do estilo Cirque du Soleil da abertura? Perdeu no contraste com a tecnológica e pop apresentação japonesa? Exagerou no folclore? Foi óbvio apresentar Carmem Miranda? Realizou uma combinação precisa de canto, dança e projeção com “Mulher Rendeira”, interpretada pelas Ganhadeiras de Itapuã, de Salvador? Não havia roteiro? A mensagem ecológica da Abertura desapareceu? Foi pobrinha? Foi bela a chuva apagando a pira? Pode ter sido tudo isso,mas na verdade nao foi nada disso. A cerimônia/festa conseguiu nos traduzir através de um grande mosaico apresentado pela carnvalesca Rosa Magalhães.

Olimpíadas….E tudo terminou em samba
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Muitos Carnavais
Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval. Ver todos os posts de Muitos Carnavais