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O tesouro perdido de Adriana Ancelmo – Sonhos de Carnavais

O tesouro perdido de Adriana Ancelmo

A foto comprova a sofisticação da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro. Durante o mandato do seu marido, Adriana foi acusada de comprar R$ 11 milhões em joias, entretanto, segundo a promotoria, com o objetivo de lavar dinheiro da corrupção. Na imagem, aqui reproduzida, a senhora Cabral, exibe alguns de seus espetaculares berloques num recente baile de carnaval.

No pescoço ostentava um colar egípcio intercalando pingentes de pérolas e esmeraldas retangulares. Um bracelete no mesmo estilo, compõe o conjunto.

Reparem o anel de brilhantes, com valor estimado em mais de R$ 800 mil. Foi presente do dono da construtora Delta, Fernando Cavendish. O “presente” foi descontado da propina de 5% que a Delta deveria pagar ao govenador, por participar das obras de preparação do Maracanã para a Copa do Mundo. A Delta ficou com 30% da obra.

Na cabeça uma tiara repletas de brilhantes de esmeraldas e outras tantas no formato oval. Coroando uma serpente naja, cravejada de pérolas.

A cobra “naja de peito estufado” que os faraós egípcios traziam representada na fronte, sobre a coroa, simbolizava o “olho de Rá” e visava aterrorizar os inimigos, ao mesmo tempo em que protegia o rei, expelindo fogo. A ela é dedicado um culto diário para suavizar o seu humor.

Assim como a cobra da coroa egípcia, Adriana é famosa pelo mau humor. Auxiliares do ex-governador dizem que despertava medo entre os subordinados. Segundo esses relatos, a então primeira-dama costumava gritar com seus assessores, mandá-va-os calar a boca, e dava broncas públicas, inclusive em Cabral.

Parte dessas explosões é atribuída, no círculo íntimo do casal, a remédios para emagrecer, que provocam alteração de humor. Presa em Bangu, em dezembro de 2016, há registros de que se recusava a comer a comida oferecida a todos os encarcerados e teria dito: “É isso que vou comer? Não sou cachorro pra comer essa porcaria, me tragam comida de verdade.” Adriana é incorrigível, mesmo presa continuava vaidosa e rigorosa com sua dieta. A ex-primeira-dama passou à prisão domiciliar em março deste ano.

Adriana reponde por três ações penais em que é acusada de lavagem de dinheiro por meio de compra de joias e repasses ilícitos à sua firma.

Na última sexta, 23/06/2017, foram apreendidas ao menos 15 peças, entre cordões, anéis e brincos, no apartamento da irmã de Adriana, Nusia Ancelmo Mansur, em Ipanema. Um outro mandado de busca e apreensão foi cumprido no Jardim Botânico, no apartamento de sua ex-governanta. Por toda parte se busca o tesouro perdido.

Os advogados de Adriana alegaram “preconceito de gênero” quando os procuradores indicam que todas as joias compradas por Sergio Cabral foram presentes para ela. Os advogados afirmam que parte das peças foram adquiridas, inclusive, quando ela estava separada do ex-governador.

De acordo com os investigadores, os enfeites eram comprados como estratégia de lavar dinheiro de propina. As joias eram pagas em espécie, sem emissão de notas fiscais. Até ontem, apenas 40 das 189 peças atribuídas ao esquema tinham sido resgatadas. Os ornamentos egípcios, da imagem reproduzida na postagem, continuam sem paradeiro definido.

Que o olho de Hórus que tudo vê ajude a encontrar o tesouro perdido.

(a saber: Na foto temos Mary Saad, premiada no Municipal, em fevereiro de 1956, com a fantasia A Rainha do Nilo, foto de Gervásio Batista publicada pela Revista Manchete)

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Muitos Carnavais

Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.