Como diria César : Alea jacta est! “A sorte está lançada!” Consigo imaginar Guilherme Guimarães, repetindo uma das máximas do imperador romano, no concurso infantil do Municipal do Rio de janeiro, no ano de 1954.
Fantasiado de Júlio César ficou em segundo lugar. Perdeu para Ricardo Aquim, encarnado Henrique VIII. Se foi vice no Rio de Janeiro, foi o primeiro no centro do mundo: Viveu por uma década. nos Estados Unidos e quando regressou ao Brasil já estava consagrado. Assinou figurinos no cinema e no teatro. Guilherme se tornou um ícone da alta costura carioca entre as décadas de 60 e 80.
Não encontrei outros registros da presença do costureiro em eventos momescos. Afirmava, por exemplo, nunca ter posto os pés num desfile de escola de samba.
No dia 24 de dezembro de 2016 , aos 76 anos, morreu de câncer no fígado, no Rio. Veio, viu e venceu.
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Muitos Carnavais
Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.
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