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O pastor que virou prefeito na cidade do pecado – Sonhos de Carnavais

O pastor que virou prefeito na cidade do pecado

Belém tem o Círio de Nazaré, Salvador a festa de Iemanjá , Juazeiro do norte a festa de padre Cícero e quem se candidatar a alcaide dessas municipalidades deve se preparar para ocupar a função de anfitrião dos eventos citados. Não importando a religiosidade do ocupante do cargo.

Causou surpresa, poucos meses, depois de eleito a recusa do prefeito em comandar a maior festa popular da cidade do Rio de Janeiro, o Carnaval. Seria pelo fato do prefeito ser um “homem de fé”? Por que motivo um prefeito pentecostal não pode comparecer ao desfile das escolas de samba no Sambódromo?

Simples, respondeu o edil : “Nós temos que respeitar as pessoas, ninguém deve ser obrigado a fazer nada”.

Inacreditável a resposta, pois é protocolar a uma função executiva comparecer a cerimônias e eventos, mesmo não gostando. Faz parte da liturgia do cargo.

Na campanha que elegeu Marcelo Crivella chefe do poder executivo municipal da cidade do Rio de Janeiro , o compromisso de se separar a profissão de fé do então candidato da sua almejada função foi reafirmado em inúmeras ocasiões. O Estado é laico.

Os quatro dias de folia atraem um milhão de pessoas para a cidade. Os hotéis, restaurantes e o comércio agradecem. O adolescente e inacreditável argumento “de que ninguém deve ser obrigado a fazer nada ” não é admissível.

Somos Kardecistas, católicos, evangélicos, pentecostais ,budistas, cristãos ortodoxos, muçulmanos , umbandistas, candomblecistas… Somos tudo isso e o prefeito é somente prefeito.

Não é demagogia ir receber as chaves do carnaval carioca, como também afirmou o gestor, é cumprir o que foi prometido na campanha. Separar o público do privado, o joio do trigo.

“O carnaval foi uma invenção do diabo que deus abençoou!” O prefeito não precisa se esconder. Não há pecado algum em comandar os festejos do momo carioca. Pecado é prometer uma coisa e fazer outra , pecado é mentir.

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Muitos Carnavais

Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.