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A graça ingênua das borboletas – Os Ranchos – Sonhos de Carnavais

A graça ingênua das borboletas – Os Ranchos

Os ranchos surgiram no final do século XIX. Fez a sua primeira aparição no carnaval carioca em 1873,o última ano de 1993.Os ranchos de reis ja existiam na Bahia em comemoração aos festejos natalinos, onde os negros realizavam procissões no período entre 25 de dezembro e 6 de janeiro. Fantasiados de pastores e pastoras que rumavam a Belém, o grupo percorria a cidade cantando e pedindo agasalhos em casas de família.Tinham grande influência dos folguedos negros e das tradições musicais portuguesas. Por possuir letra e música próprias, acabaram por criar um gênero musical cadenciado,lento,dolente,mais pausado que o samba, com grande riqueza melódica: a marcha-rancho. Na sua orquestra havia instrumentos de cordas e sopro.Não eram utilizados instrumentos de percussão talvez com o objetivo de desvincular das suas influências africanas e dessa forma conquistar uma melhor aceitação nas camadas médias e altas. Além disso, existia um coro que acompanha a música.Durante seu desfile, a porta-estandarte tinha a honra de levar o símbolo do rancho. Os mestres eram responsáveis por organizar cada parte. O de harmonia ficava encarregado de garantir que os foliões cantassem a música no ritmo certo e que a música e o canto casassem de maneira perfeita o de orquestra garantia a qualidade do som e o de coreografia era o responsável pelos movimentos rígidos ensaiados do rancho. Em 1909, o Jornal do Brasil organizou a primeira disputa entre os ranchos das cidade. O regulamento já previa que os ranchos apresentassem um tema desenvolvido com abre-alas, comissão de frente, alegorias, mestre de canto, coro feminino, mestre-sala e porta-estandarte, figurantes,pastoras(borboletas) corpo coral masculino e orquestra.Em 1966, a revista o cruzeiro noticiava a vitória do rancho União dos Caçadores, com o enredo Borba Gato, em homenagem aos bandeirantes e garimpeiros. na sequência: Tomara que Chova, em segundo lugar e Decididos de Quintino em terceiro.A leganda da foto reproduzida(sem autoria definida)diz o seguinte:borboletas enormes, e sobretudo ingênuas, balançando lentas ao ritmo da bandinha, dão um toque de poesia ao conjunto.

 

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Muitos Carnavais

Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.