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Muitos Carnavais – Página: 16 – Sonhos de Carnavais

O Grande Júri

O que estas criaturas tão taciturnas estavam fazendo? Eram professoras avaliando o trabalho de uma feira de ciências? Damas da sociedade em um evento filantrópico prontas para divulgar o resultado da arrecadação de donativos para as vítimas da última enchente? Nada disso. Constitíam o Júri do Concurso de Fantasias do Baile Municipal de Recife, no clube Português, em 1972.Desfilaram diante de impávidas e aparentemente desanimadas figuras: Barrabás, Liu-Yu, a Princesa Celeste da China, Ciro, O Rei da Pérsia, A Princesa Encantada, Delírio Sideral, o Leão do Norte e o campeoníssimo Jesus Henrique com o Grande Guerreiro contra o Dragão da Maldade. Viva O Grande Juri do Baile Municipal de Recife!

Bailes de Clubes

Os foliões que não queriam ir aos grandes bailes (Municipal,Copacabana Palace ou Monte Líbano) poderiam se esbaldar nos inúmeros clubes espalhados pela cidade. O jornalista Renato Kloss da revista Cruzeiro,em 1974, fez uma lista com as melhores opções. Por que os bailes acabaram? alguém sabe explicar?

O Cenário da folia – 1971

`O Rio voltou a vestir-se para mais um carnaval. A cidade ganhou cenário para mais quatro dias de folia, despindo-se da roupa da festa depois das cinzas.`Diz o texto de Claudio Kuck, ilustrado com fotos de Rubem Americo. Carnaval dos Carnavais era o tema da decoração da åvenida Presidente Vargas. Era constituída de torres quadradas, levando cada uma o nome de um compositor do passado – Noel Rosa, Lamartine Babo, Ataulfo Alves, Sinhô. O projeto foi da equipe liderada poe Adir Botelho, Davi Ribeiro e Fernando Santoro, que pela sexta vez venceu o concurso para a decoração da Presidente Vargas e da Rio Branco.

Misto Toureiro

Na foto (fotografo não identificado) vemos um passisita de um dos clubes mais aplaudidos (Misto Toureiro) no desfile da Avenida Rio Branco do ano de 1983. Pela ordem, apresentaram-se os seguintes clubes: Gavião do Mar, Misto Toureiro, Bola de Ouro, Lenhadores, Batutas da Cidade Maravilhosa, Vassourinhas, Prato Misterioso e Misto Pás Douradas.A história do frevo no Rio de Janeiro tem origem na criação do Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, fundada em 27 de novembro de 1934, na Rua do Jogo da Bola, nº 173 – Saúde, por pernambucanos de condição modesta da zona portuária do Rio de Janeiro.Era prefeito do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, o pernambucano Pedro Ernesto (1886-1942), criador do baile do Teatro Municipal (08 de fevereiro de 1932) e do concurso de músicas carnavalescas. Até seu falecimento em 1942, incentivou os clubes de frevo da cidade, participando da criação de vários deles, como como Bola de Ouro (1936) e com sede na Saúde, Pás Douradas (1936) com sede na Saúde, inicialmente, e após indo para Realengo.Logo surgiram os clubes carnavalescos mistos, como Batutas da Cidade Maravilhosa (1942), Lenhadores (1945), Prato Misterioso (1946), fundado em 06 de janeiro de 1946 por Henrique Bonfim e também com sede na Zona Portuária, Toureiros (1943) e Gavião do Mar (1982).(wikipedia).Muito interessante notar a tradição desses clubes no carnaval carioca. Desconheço se ainda realizam desfiles, torço para que sim.

As baianinhas do Grajaú

Grajaú Tênis Club,1969, uma loura e outra morena, o mesmo baile e dois destinos diferentes. A loira chamava-se Maristela, conquistou o coração de um belo pirata, secundarista do colégio militar. Formou-se em professora no Instituto de Educação, casou-se.teve dois filhos, hoje é avó e mora no Encantado. Dizem que é muito feliz. Márcia era a baiana morena.Conheceu um cigano, dela nada se sabe. Perdeu-se no mundo.

Colombina nos braços do tinhoso

1922: Semana de Arte Moderna, Revolta Tenentista do Forte de Copacabana,fundação do Partido Comunista, primeira transmissão de rádio e o America foi campeão carioca !Ufa!!! Um ano de grande transformações.

E onde foi parar a nossa inocente colombina? Nos braços de Belzebu. Fui em busca de uma resposta nas páginas do almanaque. Nada! e por espantoso que seja, nenhuma referência ao evento momesco, mas para quê? a capa já diz tudo….

O teatro e o carnaval

Bailes, corsos,cordões sociedades, escolas de samba,o carnaval vai se reinventando com o passar do tempo.Uma das manifestações inaugurais dos festejos de momo em nossa cidade encontrou nos teatros o ambiente/contexto ideal para o seu desenvolvimento. O carnaval brasileiro e, principalmente o carioca, está intimamente ligado ao nosso teatro. No início do século XX muitas das músicas de carnaval que se tornavam populares partiam do teatro. Assim, em 1846, por iniciativa da atriz Clara del Mastro, pôde realizar-se, no Teatro S. Januário,  o primeiro baile à fantasia. Bailes de máscaras em teatros se multiplicaram.Na sequência, peças com temas ou com cenas de carnaval foram escritas, revistas carnavalescas, bailes das atrizes, bailes dos artistas, bailes em teatros (Municipal,São José,entre outros) fizeram parte da cena carnavalesca no último século.

Colombina iê-iê-iê

O belo da foto é o cantor e compositor Roberto Audi. Sucesso absoluto no carnaval de 1967 com a marchinha ` Colombina, onde vai você` de João Roberto Kelly e David Nasser. Repaginada, a velha conhecida personagem da commedia dell`arte, dançando iê-iê-iê não resiste aos encantos do seu trovador. Roberto Audi morreu em 1997 aos 63 anos.

A mulher e os peixes

O ano era 1973 e o Parque do Anhembi, em São Paulo,foi transformado no maior coreto do Brasil. E numa demonstração de que estavam dispostos a rivalizar com os cariocas, os paulistas atraíram os grandes nomes das passarelas para desfilarem em sua cidade, dando assim um caráter nacional à sua festa. Concorrendo com a fantasia Copacabana, Meu Amor,de Evandro de Castro Lima, Ana Maria Sagres,atriz da tv Tupi, não se classificou na categoria originalidade feminina.A fantasia era uma alegoria à famosa praia carioca, com tons quentes da própria paisagem do bairro. As calçadas são representadas na barra do vestido.As camadas seguintes da saia,subindo até a cintura, representam a areia o mar e as espumas.Na cabeça o sol de Copacabana.Muito originais os peixes de plásticos.Talvez uma referência à colônia de pescadores ainda existente no posto seis.

Luís XV, Bornay e o súdito

Revivendo carnavais antigos, a Mocidade Independente desfilou o enredo Rio de Zé Pereira. Resgatando os carnavais cariocas de 1880 (quando houve o último baile de máscaras do teatro São Pedro ) a 1914, a escola mostrou o entrudo, os ranchos, pierrôs, arlequins e colombinas. Damas, nobres e príncipes também não faltaram, revivendo bailes de máscaras. Clovis Bornay além de carnavalesco,foi um dos destaques da escola com sua fantasia de Luís XV.Muitas críticas foram feitas com relação à caracterização do soberano francês. Teria sido pela ausência da flor de liz, símbolo da dinastia francesa? Quem sabe a cruz dos templIários esteja no figurino errado?Os braços desnudos evidanciando o corpo enxuto do desfilante e não o corpo público do rei? O excesso de glamour? Ou será que Luís XV nunca teve um súdito tão belo como o da versão tupiniquim. Inveja, tudo inveja…..