Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u366239600/domains/sonhosdecarnavais.com.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121
Chegou general da banda , he he – Sonhos de Carnavais

Chegou general da banda , he he

Em 1983, o Brasil perdeu seu único “General da Banda”, Blecaute. Não surgiu, desde então, na nossa música, alguém que merecesse tão alta patente.

Vestido com uma farda verde engalanada,dragonas, alamares dourados e uma profusão de medalhas de latão, o cantor Blecaute abria a folia carioca, nos anos 50 e parte dos 60, ao som do samba “General da Banda”, de Tancredo Silva, Sátyro de Mello e José Alcides, seu primeiro grande sucesso, gravado em 1949.

Talvez inspirado no grande cantor, o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, resolveu instituir a função de general para a Polícia Militar e para o Corpo de Bombeiros. Uma jaboticaba carioca.

Quem sabe quis fazer média com a cúpula das citadas instituições. Não se pode ter certeza. É algo tão inútil, que causa espanto imaginar, que a maior autoriadade local, encontra tempo para esses atos de ostentação. Lembram da “faixa governamental” criada para incrementar a cerimônia de posse?

Enquanto coronéis fingem uma patente inexistente, os números da violência não param de crescer. Assaltantes, meliantes e golpistas, inspiram terror à população carioca.

E o pior, não sei se pega, se a inusitada graduação vai inspirar o respeito desejado.

Blecaute, sim, quando chegava, ninguém tinha dúvida: chegou o “General da Banda”.

Na foto publicada, o cantor Blacaute estava animando a “Noite em Beirute”, festa pré-carnavalesca realizada na boate “Fred`s”, em Copacabana, no longínquo ano de 1959.

Publicado por

Muitos Carnavais

Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.