Ator, produtor, escritor na verdade muito mais que qualquer atividade exercida por ele, a importância de Haroldo Costa está no seu compromisso com a cultura do nosso país. Desde a segunda metade do século passado, vem resgatando e construindo a identidade cultural brasileira.
Falar que protagonizou Orfeu da Conceição, foi Jesus no Auto da Compadecida, escreveu dezenas de livros sobre o carnaval carioca, viajou o mundo divulgando a cultura brasileira, atuou em novelas e filmes? Nada seria suficiente para dimensionar a sua importância.
Haroldo também é um folião desses que não deixam passar um carnaval. Tive dificuldade de escolher uma foto para essa postagem. São inúmeros os registros dele e de sua esposa Mary Marinho nas páginas da Manchete e Cruzeiro nos últimos cinquenta anos.
Na foto Silvio César, Haroldo Costa, Mary Marinho, no Baile do Hotel Nacional, em 1974 .
Saudações ao nosso grande Orfeu.
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Muitos Carnavais
Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.
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