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Júlio Machado, o Xangô do Salgueiro – Sonhos de Carnavais

Júlio Machado, o Xangô do Salgueiro

Em 1969, no desfile campeão do Salgueiro, “Bahia de todos os Deuses “, pela primeira vez Xangô incorporou durante o desfile da vermelho e branco tijucana.

Para o professor Júlio Machado era isso mesmo, o cortejo de uma escola de samba nada mais é, do que uma representação de um culto africano. A Escola de Samba é um culto afro-brasileiro, uma procissão. “O Mestre Sala é Ogum protegendo e cortejando a Porta Bandeira. A Ala das Crianças os Erês soltos na avenida. As Pretas Velhas a ala das baianas, que na maioria são rezadeiras, benzedeiras, catimbozeiras. Na bateria estão os ogãs rufando os atabaques. As mulheres e os homens nus, são os “compadres e comadres”, os Exus soltos na Avenida.” (texto extraído do site geocites,texto de Lygia Godoy).
Com a conquista do título pelo Salgueiro, Júlio passou a desfilar todos os anos como Xangô, até 2007, ano da sua morte.
Qualquer que fosse o enredo, Xangô estava lá, abençoando o culto salgueirense.

Este ano, 2019, o Salgueiro, levará para avenida o enredo: Xangô. Diz a sinopse: “Hoje os meus olhos estão brilhando, minha querida Bahia, terra abençoada pelos deuses. Felicidade também mora no Salgueiro. Naquela manhã de 1969, o saudoso professor, na escola tijucana, se incorporou pela primeira vez, ao se trajar como o orixá. E daí à eternidade, consagrado como o Xangô do Salgueiro”.

Dividido em cinco momentos diferentes, um dos setores da escola homenageará o Xangô do professor Júlio Machado.

Na foto reproduzida neste blog, Júlio Machado, em 1999, brilhou com “Xangô de ouro sol do carnaval”

Júlio morreu, aos 67 anos, em 2007.
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Muitos Carnavais

Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.