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Luís XV, Isabel de Portugal e Lohengrin – Sonhos de Carnavais

Luís XV, Isabel de Portugal e Lohengrin

Já imaginou uma festa com os três acima! Ferveção total. Todos animados, elegantes e empoderados. Vamos lá, da esquerda para direita: O rei da França, Luís XV(1710-1774). Casou-se com Maria, filha do rei destronado da Polônia, o que levou Luís XV a combater a Áustria e a Rússia na guerra de Sucessão polonesa (1733-1738). Outra conflito que se envolveu foi desastrosa guerra dos Sete Anos (1756-1763) contra a Grã-Bretanha. Perdeu a guerra e a maior parte de suas colônias. O rei caiu no descrédito de seus súditos, abrindo o caminho em direção a deflagração da Revolução Francesa (1789). Durante quase todo seu reinado, manteve amantes que exerceram grande influência no governo, como a marquesa de Vintimille , a célebre madame Pompadour e a derradeira du Barry. Sua roupa foi orçada em módicos 6 milhões de cruzeiros. Quinze metros de veludo real foram empregados, afora os enfeites caríssimos. Morreu vitimado pela varíola. Isabel de Avis, Isabel de Aragão, Isabel de Viseu? Não sei exatamente qual a Isabel representada. Só sei que na sua roupa foram empregadas 16 mil pedras da Tchecoslováquia (sim, ainda havia Tchecoslováquia, em 1961) e 8 mil pérolas, além 625 milheiros de lantejoulas, foram incrustadas em 62 metros de fazenda colorida. Foi confeccionada por Marcílio Campos, costureiro pernambucano, até então, bicampeão do carnaval carioca. Acredito que qualquer uma das possíveis isabéis ficariam muito satisfeitas com o capricho do modelo escolhido. Lohengrin, um cavaleiro do Santo Graal, filho do cavaleiro da távola redonda, Parsifal. Personagem da mitologia germânica, foi tema de uma ópera de Wagner. Sempre que aparece está num barco puxado por um cisne, e se apresenta deslumbrantemente vestido. No baile do Municipal , não economizou, usou 52 cabuchões (raríssimos) de louça de Limonges. Foi confeccionada em veludo inglês, nas cores preta, azul e prata. Sua espada foi importada diretamente da Alemanha. Com muitas vitórias acumuladas, Clóvis Bornay, o nosso Luís XV, foi declarado, em 1961, “hors-concours’ e ganhou o direito de se apresentar nos concursos sem ser julgado. A pernambucana Denise Zelaquett encarnou a rainha Isabel. Evandro de Castro Lima representou Lohengrin.

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Muitos Carnavais

Sou um amante do carnaval e da nossa cultura popular. Não sei precisar minha memória mais antiga da folia carioca. Mas tenho recordações muito antigas: Unidos de São Carlos desfilando pelas ruas do Estácio e seus sambas antológicos, sua ala de nobres, das baianas da Mangueira, da comissão de frente do Império no primeiro desfile que assisti – Alô alô taí Carmem Miranda. O Salgueiro com seus necessários enredos afros. Lembro do bloco de piranhas (de verdade) que saía da zona de prostituição do mangue. Lembro das negas malucas, do bafo da onça, do chave de ouro. A transmissão dos desfiles de fantasias pela TV, Wilza Carla, Elói Machado, Evandro,Bornay... E os bailes do Diabo? America até no carnaval (sou america). As negas malucas, a baianas com chapéu cônico. Saber de ouvir falar do baile do Municipal, Horrores,Enxutos. As caminhadas na Avenida Rio Branco com seus blocos do eu sozinho. Não sei se por nostalgia ou por vício do ofício , sou professor de história, mas é tudo isso que dança na minha memória quando penso em carnaval.