Vamos passar debaixo do arco-íris!

Vou reproduzir na íntegra o texto da matéria publicada, na revista Manchete, de 1958. O conteúdo é muito revelador do quanto era marginal a vida gay nos anos 50.A hipocrisia dava o tom: `No momento, o desfile está proibido, e o baile, antes bastante espontâneo, foi tabelado para turista pela prefeitura, com guardas em profusão e uma multidão a vaiar os que entram fantasiados.É,porém, um baile bastante animado, ordeiro, com menor número possível de brigas(e de bêbados) e a presença de diplomatas estrangeiros e famílias. A má imprensa carioca, que passou a explorá-lo na base do escabroso, é culpada da imensa quantidade de pessoas que hoje entram debaixo de apupos, ocultando o rosto com máscaras. É que ao passar debaixo da marquise, sentem-se como se passassem por baixo do arco-íris, mudando repentinamente de sexo como nos fala a lenda.`

Vou brincar com a morte

Porque? para os mexicanos, a morte é uma parte da vida, e não um momento de tristeza. Acredita-se que, na morte, as almas vão para um lugar melhor – e por isso, não há motivo para chorar. Só que, nos Dia dos Mortos, eles acreditam que é quando as almas têm “permissão” para voltar ao mundo dos vivos e reencontrar seus entes queridos. Então, é um motivo de festa para quem está do lado de cá, passar um dia e uma noite celebrando esse reencontro, e uma forma de mostrar seu carinho.

Com certeza, no Brasil, durante o carnaval há espaço para todos: vivos e mortos¡ Vamos colocar uma máscara de caveira e cair na folia.