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1969 – Sonhos de Carnavais

Máscaras, se mostra melhor o que se oculta

De todas as instituições carnavalescas, a máscara é a mais fácil de entender. Na verdade, os mascarados sempre procuram a mesma coisa, em todos os tempos: ocultar sua identidade, esconder um rosto feio ou bonito, mas que é o sinal externo facilmente reconhecível de uma personalidade prisioneira de compromissos e responsabilidades. Quando se cobre o rosto, está-se despindo a máscara mais sólida que se usou o ano todo. Daí a contradição de se mostrar melhor o que se oculta.(texto adaptado da Revista Manchete,8/3/1969)

Chuva, suor e cerveja em Sampa

O túmulo do samba não queira mais ser o túmulo do samba! E então, organizaram um grande baile no Teatro Municipal.A revista Manchete(2/3/1968) publicou:`mais de duas mil pessoas pularam e brincaram animadamente até as cinco da manhã.O grande salão formado pelo palco e pela plateia foi pequeno para o número de foliões, cujos movimentos eram embelezados por um original sistema de iluminação. Ao mesmo tempo, a pintura fosforecente, utilizada na decoração, e grandes bolas de plástico aumentavam ainda mais o efeito das luzes.O governador Abreu Sodré e o prefeito Faria Lima estiveram presentes, entrosando sua alegria com a animação geral`..Dentre os foliões, Caetano Veloso.Belo como nunca entoava a pleno pulmões:…A gente se embala /Se embora se embola/Só pára na porta da igreja/A gente se olha/Se beija se molha/De chuva, suor e cerveja…

Clarice Lispector entrevista Elizabeth I

Qual minha surpresa ao encontrar nas páginas da Manchete, de 8 de março de 1969,a escritora Clarice Lispector exercendo a função de jornalista! Reproduzirei aqui trechos,pequenas preciosidades, extraídas do diálogo entre a escritora e Marlene Paiva,a maior vitoriosa dos concursos de fantasia na categoria de luxo feminino. Para quem acompanhou durante o carnaval os desfiles do Municipal e do Monte Líbano, essa conversa com Marlene Paiva servira apenas de resumo. Mas existem, como eu, pessoas no mundo-da-lua e para estas haverá novidade. Envergonho-me disso, é claro: Marlene Paiva me conhecia e, eu, que tinha obrigação jornalística conhecer detalhes da sua vida, pouco sabia.Marlene Paiva é fina de corpo, um andar gracioso, maquia-se muito bem, veste-se com o esporte que atualmente esta na moda… A saber: Marlene foi o primeiro lugar no 38º Baile de Gala do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Venceu com a fantasia:O Poder e a glória, Elizabeth I, criação e confecção de Evandro de Castro Lima.

Bibi é a rainha !

” …Mas o mais importante do baile foi a coroação de Bibi Ferreira, da TV Tupi, como Rainha das Atrizes. Com uma chuva de confete e serpentina, Bibi recebeu sua coroa e desceu para o salão. Seu pai e sua mãe, Procópio e Aída Ferreira…acompanharam a atriz durante sua coroação, fazendo poses para as fotografias”,dizia o texto de Nilton Caparelli, publicado na Revista O Cruzeiro, sobre o Baile das Atrizes de 1969. Na verdade, ao seu lado está Célia Biar, Rainha das atrizes, no ano anterior.

Em 1968 Bibi comandava na TV Tupi carioca o musical Bibi ao Vivo, com direção de Eduardo Sidney. Nele apresentava, cantava e dançava com a orquestra do Maestro Cipó e as coreografias de Nino Giovanetti .

Hoje, treze de fevereiro de 2019, aos 96 anos de idade, morre Bibi Ferreira. Somos uma República de muitos reis , evoé para eterna Rainha das Atrizes, Bibi Ferreira!

As baianinhas do Grajaú

Grajaú Tênis Club,1969, uma loura e outra morena, o mesmo baile e dois destinos diferentes. A loira chamava-se Maristela, conquistou o coração de um belo pirata, secundarista do colégio militar. Formou-se em professora no Instituto de Educação, casou-se.teve dois filhos, hoje é avó e mora no Encantado. Dizem que é muito feliz. Márcia era a baiana morena.Conheceu um cigano, dela nada se sabe. Perdeu-se no mundo.