Imaginem que durante a ditadura militar um grupo de pessoas tinha a coragem de entoar uma paródia da célebre marchinha(que intitula esse post) e enfrentar a repressão policial para botar o bloco na rua.Qual era o verdadeiro caráter desse bloco? Bandidios ou mocinhos? Ou as duas coisas juntas? Um pouco da história do Chave de Ouro: O bloco surgiu por iniciativa de uma figura popular no lugar, que era conhecido como Luís Macaco.O homem em 1941, fora preso dentro do cinema Engenho de Dentro,onde soltara alguns passarinhos durante uma sessão. Para se vingar da prisão, imaginou um bloco penasando em quebrar o cinema.A partir de 1958 o bloco passou a desfilar com finalidade de encerrar o carnaval. Saía sempre as quartas-feiras de cinzas pelas ruas do Engenho de Dentro. A polícia entretanto afirmava que o objetivo do desfile era quebrar lojas comerciais de quem não ajudou,com diheiro, o carnaval do lugar. Com forte repressão policial, durou até 1978.(foto de 1973: Luiz Pinto/Agência O Globo)
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Luís XV, Bornay e o súdito
Revivendo carnavais antigos, a Mocidade Independente desfilou o enredo Rio de Zé Pereira. Resgatando os carnavais cariocas de 1880 (quando houve o último baile de máscaras do teatro São Pedro ) a 1914, a escola mostrou o entrudo, os ranchos, pierrôs, arlequins e colombinas. Damas, nobres e príncipes também não faltaram, revivendo bailes de máscaras. Clovis Bornay além de carnavalesco,foi um dos destaques da escola com sua fantasia de Luís XV.Muitas críticas foram feitas com relação à caracterização do soberano francês. Teria sido pela ausência da flor de liz, símbolo da dinastia francesa? Quem sabe a cruz dos templIários esteja no figurino errado?Os braços desnudos evidanciando o corpo enxuto do desfilante e não o corpo público do rei? O excesso de glamour? Ou será que Luís XV nunca teve um súdito tão belo como o da versão tupiniquim. Inveja, tudo inveja…..