Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u366239600/domains/sonhosdecarnavais.com.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121
Foto sem autor – Sonhos de Carnavais

César, corsário, toureiro e mondrongo

Dando verdadeiro caldonos famosos bailes infantis da cidade, o Sport Clube Minerva apresentou neste carnaval(1949) mais um dos seus já prestigiados espetáculos do genero, distribuindo em premios cifra acima de qualquer outro congenere. A afluéncia de riquíssimas fantasias, que concorreram às classificações, dificultou grandemente a decisão da mesa julgadora, que, por fim, resolveu submeter à apreciação da própria assistência, o seu veredito.A escadinha da foto, também expressa o resultado final: César foi o primeiro lugar e o mondrongo o quarto.

O samba é uma criança- Viva Nair Pequena!

Mangueira no ano passado perdeu uma sambista na Avenida. Tinha quilômetros de samba na memória e nos pés. Chamava-se Nair Pequena.Caiu e morreu. Mas caiu e morreu legendária, cumprindo a sina da cabrocha e do passista. `Quero morrer numa batucada de bamba, na cadência bonita do samba` Porém a Mangueira não morreu, o samba está vivo, foi só Nair Pequena que pediu para abrirem alas, que ela estava cansada e queria dormir. Na Mangueira e no Salgueiro, na Portela e no Império Serrano o samba renasce a cada ano. Estamos falando de gente, de vida verdadeira, não se trata de alegoria. Olhem. Vejam o sambista da Mangueira com sua filhinha no colo. Reparem no sorriso dele, como transmite continuação, triunfo. e vejam como a mulatinha já abre os braços e já canta exatamente como sua mãe, exatamente como as dezenas de milhares que avançam na Avenida, chova torrencialmente ou faça um calor de rachar, tão logo as baterias anunciem a hora suprema. O pai exibe orgulhoso a própria filha e, dentro dela, como dentro dele, a própria felicidade que se exprime no carnaval e que nos fala de uma África tribal – o Brasil – de pai para filha, de família para família, sempre recomeçada e por isso imortal. Vejam! A garotinha já aprendeu o gesto, ela dança como gente grande, só que no colo paterno. Amanhã estará na Avenida mostrando a sua graça. É o que se lê no sorriso do homem. Nair Pequena morreu, viva Nair Pequena. Crônica escrita por José Carlos Oliveira. e publicada na Revista Manchete(6/3/1971)

Encontrei as seguintes informações no site: Estação Primeira de Mangueira: Nair dos Santos, a NAIR PEQUENA, uma das fundadoras da Estação Primeira de Mangueira, foi também a fundadora da 1ª ala feminina da escola, a “Ala das Cozinheiras”. Mas foi na ala das baianas que ganhou notoriedade, sendo considerada a mais famosa baiana da história da verde e rosa. Seu amor pela Mangueira era tão grande, que sua “passagem” foi em plena avenida: no desfile das campeãs de 1970, quando a escola ficara em 3º lugar com “Um cântico à natureza”, Nair Pequena “morreu de alegria, de emoção”. Toda a escola seguiu, como que num cortejo, com a bateria fazendo a marcação apenas com seu surdo de primeira.