Pacheco o astronauta que foi sem nunca ter sido

Foi em 1961 que os americanos começaram a selecionar os astronautas para o programa espacial. Tinham de ser bons aviadores, ter nível universitário e boa estrutura psicológica para enfrentar situações difíceis e imprevistas. Pacheco foi reprovado no processo seletivo. Era o melhor aluno da escola de pilotos da força aérea americana. Filho de mãe Brasileira e pai americano foi vetado mais por suas qualidades que por seus defeitos. Sabia tudo sobre ciências biológicas,física e matemática. Entretanto, herdou o gênio da mãe, era excessivamente comunicativo. Simpático toda vida, interagia com todos os colegas de classe.Não era o perfil. Comentou-se na época que os três escolhidos para a viagem histórica à Lua eram os mais sérios e menos comunicativos astronautas do programa espacial.Para aliviar a depressão veio passar o carnaval de 1971 na casa da sua tia avó em Olaria,subúrbio carioca.Tia Wanda,alegria em pessoa, era presidente da ala das baianas da galo de ouro da leopoldina, a Unidos de Lucas. Para ajudar a curar o abatimento e levantar o astral do sobrinho neto, conveceu Pacheco a concorrer na categoria de originalidade no baile do Municipal do Rio de Janeiro. Sugeriu que usa-se um de seus uniformes de treinamento. Foi ovacionado ao surgir na passarela. Pacheco pode não ter ido a lua, mas desfilou no Municipal.A foto publicada na Revista Manchete documenta o glorioso desfile do astronauta que foi sem nunca ter sido.